sábado, 5 de março de 2011

Madame Iraccav



Madaminha Vacagari! Muito se fala nas rodas da cidade, sobre a BR 381. E a sua opinião?
(a) Motorista Desabilitada.
Prezada Navalha Inabilitada: quando o Chitãozinho e Xororó lançaram mais um de seus sucessos, “Conversando com as Paredes”, muitos riram e acharam, que a dupla tinha enlouquecido. Pois bem! Hoje ao responder a minha seguidora, estarei conversando, também, sem ouvir as devidas respostas vou monologar com a minha querida incompreendida e debatida BR 381.
Pouco antes de vir para Jota Monlé, jogava eu no Flamengo, e a Imprensa Carioca, noticiava a auspiciosa fala que o saudoso J.K., se comprometia em rasgar de BH a Vitória uma toda asfaltada via. Muitos riram, mas eu confiava no taco e nas promessas do grande mineiro, que trocara a medicina pela política. Sabe, minha 381? O seu nome no princípio era Paralelo 20. Quem morava em Monlevade, por exemplo, para ir à Vitória, levava 4 a 5 dias. Saíamos pela ainda inexistente grota de Carneirinhos, seguíamos às margens do Rio das Pacas, passávamos pelo Carrapato e chegávamos à Ponte Coronel, sempre por terra, barro e buracos. Mais ou menos era nossa trajetória até a capital capixaba: Fazenda da Cachoeira; contorno do Peti; passagem por Santa Bárbara; S. Bento; Barão de Cocais; Gongo Soco; Henrique Fleus; Gorcex; J. Brandão; Caeté; Siderúrgica; Sabará; BH que era todo atravessado até as proximidades do shopping, na entrada para Nova Lima, e aí todos conhecem o roteiro: Viaduto das Almas, Congonhas, Lafaete, Ressaquinha, Carandaí, Barbacena, por dentro de Juiz de Fora, até descermos a serra de Petrópolis ou Teresópolis. Enfim, chegávamos a baixada fluminense: Rio Comprido; Araruama; Iguaba; S. P. da Aldeia; Rio das Ostras; Macaé; Campos, entrada para Marataízes; Guarapari e finalmente, Vitória. Até aí de quatro a cinco dias para o final da jornada entre poeira, barro e buraco, ladeiras etc.

Nenhum comentário:

Postar um comentário